sábado, 30 de abril de 2011

Governo corta verbas da Polícia Federal, e prejudica fiscalização nas fronteiras


O Governo Socialista (aquele em que os representantes usam gravatas, camisas e vestidos vermelhos) corta verbas da Polícia Federal, e põe em risco as operações de combate ao tráfico de armas e drogas nas fronteiras brasileiras. A medida visa tentar equilibrar o caixa, uma vez que a administração passada ampliou os gastos públicos geometricamente, reanimando o dragão da inflação e o flagelo dos juros altos.
Tal medida, entretanto, não inspirou o governo a ser mais responsável em relação a distribuição de verbas públicas aos chamados "movimentos sociais", a empresas privadas e políticos da base aliada. Enquanto isto, a frota de lanchas que patrulham as fronteiras trabalham dividindo a minguada cota de combustíveis.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

"A Igreja Católica e o Desarmamento"

(Imperdível) DEXTRA - Entrevista Exclusiva Com José Anselmo Dos Santos, O Cabo Anselmo


A “presidenta” está em apuros, por não ser uma “gerenta” “competenta”






Charges de Sponhols- Fonte blog do Aloízio Amorim

Depois de Desmantelar o Exército, o Governo Socialista do PT e Coligados Deixa a Marinha à Deriva

Governo se gaba no cenário internacional, diz ter emprestado dinheiro ao FMI, dá refinarias no valor de 2 Bilhões para a Bolívia, faz muito alarde sobre o “dinheiro do Pré-Sal”, paga indenizações milionárias a ex-participantes de movimentos de luta armada, paga milhões de reais para blogueiros, porém corta 4,3 Bilhóes de Reais do Ministério da Defesa, para tentar compensar o estrago que fêz em sua administração passada.


EMBARCAÇÕES PARADAS POR FALTA DE MANUTENÇÃO E POR AVARIAS:

Cerá Cosntituição
defensora Inhauma
São Paulo Julio de Noronha
Marajó Rio de janeiro
matoso maia

O próximo passo é dispensar a tropa antes do horário de almoço, para economizar o estoque de mantimentos, como hoje já é vergonhosamente feito no Exército.

Uma vez que os causadores do desmantelamento das principais instituições do pais jamais admitirão seus atos, está na hora da sociedade chamá-los à assumir suas  responsabilidades, não somente em relação ao partido que governa, mas também em relação aos partidos coligados,  que convenientemente apóiam atos lesivos ou deles se omitem.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

RESUMO DO GOVERNO SOCIALISTA

INFLAÇÃO
 AEROPORTOS SUCATEADOS
ESTRADAS FEDERAIS ESBURACADAS
 IMPOSTOS ABUSIVOS
FALTA DE GASOLINA
 APAGÃO ELÉTRICO
 ECT DESMANTELADA E ATRASANDO NAS ENTREGAS DAS CORRESPONDÊNCIAS
  OBRAS DO PAC EMPERRADAS
OBRAS DA COPA 2014 SEM DATA PARA COMEÇAR
 CORTES NO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA
GASTOS GOVERNAMENTAIS EXCESSIVOS
EMPRÉSTIMOS  DE DINHEIRO PÚBLICO A EMPRESAS PRIVADAS
DOAÇÃO DE DINHEIRO PÚBLICO A PAÍSES "AMIGOS"
ROMBO DE 4 BILHÕES NA CAIXA ECONÔMICA (BANCO PANAMERICANO)
HIDRELÉTRICA BELOMONTE SUPERFATURADA E INEFICIENTE -
ASILO A TERRORISTA ITALIANO
NÃO CONTROLA O TRÁFICO DE ARMAS E DROGAS NAS FRONTEIRAS
QUER IMPEDIR O CIDADÃO DE SE DEFENDER COM ARMA LEGALIZADA
QUER LIBERAR O ABÔRTO E AS DROGAS.


ISTO É PURA 

Saiba quanto lhe tiram em impostos e comece a se preocupar em acompanhar os gastos públicos!


domingo, 24 de abril de 2011

IPEA diz o que todo mundo já sabe, mas o Governo não admite: Aeroportos estão sucateados e obras não ficam prontas até 2014




Algumas tabelas do Relatório do IPEA apontam sérios problemas:





A resposta do Governo já demonstra o seu nível de competência para tratar do assunto:

“Foi um pesquisador do Ipea que juntou recortes de jornal e resolveu fazer o pronunciamento. Ele não está autorizado e não representa definitivamente a posição do governo”


 “Fico espantado de ver gente apostando na desgraça. O Brasil já deu demonstração de competência, mas há certos setores da sociedade que não venceram o complexo de vira-lata”.
                            Ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República.

terça-feira, 19 de abril de 2011

"Personagens" à favor do Desarmamento (só dos cidadãos de bem)

Passe o mouse sobre as figuras              
Quer riscar Israel do mapa, com canetas nucleares
 
Em tempo:
 
As FARC, Bin Laden e Elias Maluco também apóiam esta campanha, pois são totalmente contra qualquer tipo de violência ou discriminação praticada pelos cidadãos de bem, pagadores de impostos, contra esta "minoria excluída" e "incompreendida", que é  formada  por simples traficantes, ladrões, assassinos e estupradores.

O presidente venezuelano Hugo Chaves elogia oficialmente o terrorista "Carlos o Chacal"





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Biografia  (Fonte Wikipedia)
Nascido na Venezuela, filho de um advogado venezuelano comunista, preferência ideológica evidente na escolha dos prenomes de seus três filhos: Vladimir, Ilich e Lenine, referentes ao líder bolchevique russo, Lenine (cujo nome original é Vladimir Ilyich Ulyanov).
Carlos estudou numa escola de Caracas e juntou-se ao movimento da juventude comunista em 1959. Ele fala correntemente espanhol, árabe, russo, inglês e francês[carece de fontes].
Em 1966, após o divórcio dos seu pais, foi com a mãe e o seu irmão para Londres para continuar os seus estudos na faculdade de Stafford House Tutorial em Kensington.
Em 1968 seu pai tentou levá-lo para Universidade de Sorbonne, mas ele foi para a universidade de Patrice Lumumba em Moscovo, de onde foi expulso em 1970.
Em 1973, com 24 anos, ingressa na Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), onde assassina em Londres o empresário Joseph Shieff, presidente da Marks & Spencer e vice-presidente da Federação Sionista do Reino Unido e Irlanda, com um tiro na cabeça.
Em 1975, executou o sequestro que lhe deu fama mundialmente: reteve onze ministros de países-membros da OPEP, que estavam reunidos em VienaÁustria. O incidente acabou com a morte de três pessoas e a sua fuga.
O ataque aos membros da OPEP foi apenas o início, já que os ataques sucederam-se, Carlos lança um granada contra um banco israelita em Londres, duas bombas numa farmácia em Paris, atentados contra aviões de Israel estacionados no Aeroporto de Orly, ataque contra um comboio de passageiros que ia de Paris para Toulouse, onde era suposto ir o primeiro-ministro francês, Jacques Chirac. Em todas estas acções, ele sempre conseguia fugir às polícias secretas.
Carlos, o "Chacal", era naquele momento o "inimigo público", o mais procurado do mundo, pelas principais policias secretas. Ao contrário de Bin Laden, ele participava pessoalmente nas acções, onde ele era o responsável por tudo, apenas tinha colaboradores que o ajudavam. Quanto aos colaboradores de Carlos, a lista é igualmente extensa, suspeitando-se que tenha colaborado com os regimes líbio de Muammar al-Gaddafi, iraquiano de Saddam Hussein, sírio de Hafez al-Assad, cubano de Fidel Castro, e ainda com vários países do Leste Europeu, as Brigadas Vermelhas da Itália ou o movimento M19 da Colômbia.
Sua retirada de ação não é muito clara, visto que por várias vezes a CIA, a DST (Direction de la Surveillance du Territoire) e o Mossad tentaram, em vão, neutralizar suas ações ao longo dos anos. Considera-se que com o fim da Guerra Fria, no início da década de 90, a falta de oferta de ações e a sua já debilitada saúde fizeram com que ele se retirasse da vida de terrorista, passando por uma série de países em busca de exílio até fixar-se no Sudão, mas não há um consenso a respeito do porque da sua inatividade de fim dos anos 80 ao inicio dos anos 90.
Em 14 de Agosto de 1994, durante o seu internamento numa clínica em Cartum (capital do Sudão) para uma operação nos testículos, Carlos foi adormecido com anestesia geral, conduzido ao aeroporto e colocado num jacto do Governo francês, com destino a uma das cadeias de alta segurança dos arredores de Paris.
Não são ainda claras as circunstâncias que levaram o governo do Sudão, um dos países que figurava na lista negra norte-americana dos Estados apoiantes do terrorismo, a entregar Carlos à DST e nem se a operação foi realmente da DST, do governo do Sudão ou se aconteceu em cooperação com outros serviços internacionais.
Mais tarde, já durante o seu julgamento pela morte de dois polícias da DST e um denunciante palestiniano, Carlos nunca mostrou arrependimento pelos ataques que perpetrou, logo na primeira audiência, questionado pelo presidente do tribunal acerca da sua profissão, respondeu: "Sou um revolucionário profissional na velha tradição leninista."
23 de Dezembro de 1997 recebeu a sentença de prisão perpétua.
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Conclusão: Tanto ditadores quanto países comunistas não consideram crime sequestrar, assassinar, explodir e mutilar pessoas, desde que se alegue como razão  "a velha e boa causa revolucionária comunista". 
O Cesare Batistti e as FARC que o digam.


domingo, 17 de abril de 2011

ArrowBio - Tecnologia Israelense Para Reciclagem de Resíduos Urbanos



Enquanto Israel produz gás, eletricidade e fertilizantes a partir do lixo reciclado, nós continuamos com os lixões que propagam doenças e com caríssimos aterros sanitários, de baixo aproveitamento energético. Prefeituras, o meio ambiente e os cidadãos sofrem terríveis perdas devido a  mediocridade e incompetência de nossos gestores.

A pregação totalitária de Luiz Fux

sexta-feira, 15 de abril de 2011

FHC e as oposições - (Reprodução do texto de Nivaldo Cordeiro)


A oposição, incluindo o PSDB, disputa o mesmo campo ideológico e social do PT. Mas não tem a mesma credibilidade do PT para dar garantias de que os privilégios da nova classe média funcionária pública serão mantidos.
Aqueles que têm acompanhado meus comentários estão a par das observações que tenho feito sofre a profunda transformação que a política e a sociedade brasileiras passaram nas últimas décadas. Nunca é demais lembrar que estamos vivendo o auge da chamada revolução gramsciana, que levou a esquerda ao poder. O PT colheu os frutos desse grande esforço de transformação política, que teve em Fernando Henrique Cardoso seu maior teórico e seu grande operador, especialmente quando esteve na Presidência da República. A esquerdização completa da política brasileira é o pecado mortal de FHC e sua herança maldita.
Digo isso como preâmbulo para comentar o vigoroso artigo que o ex-presidente publicou na revista Interesse Nacional (O papel das oposições). Fernando Henrique Cardoso continua sendo o sociólogo que sempre foi e nesse artigo mais do que nunca. Seus acertos são equivalentes a seus erros e o cientista FHC infelizmente não tem a chave mágica para tirar do PT o monopólio do poder alcançado desde a eleição de Lula. Os demônios que FHC soltou de sua caixa de Pandora esquerdista estão destruindo a ordem institucional e econômica, pois o único objetivo do PT é manter-se no poder, a qualquer custo.
FHC escreveu:

"Para recordar que cabe às oposições, como é óbvio e quase ridículo de escrever, se oporem ao governo. Mas para tal precisam afirmar posições, pois, se não falam em nome de alguma causa, alguma política e alguns valores, as vozes se perdem no burburinho das maledicências diárias sem chegar aos ouvidos do povo. Todas as vozes se confundem e não faltará quem diga - pois dizem mesmo sem ser certo - que todos, governo e oposição, são farinhas do mesmo saco, no fundo 'políticos'. E o que se pode esperar dos políticos, pensa o povo, senão a busca de vantagens pessoais, quando não clientelismo e corrupção?"

Quem as oposições representam? Qual a sua proposta alternativa à do PT? Perguntas assim FHC não se fez. O fato é que desde a abertura política o Brasil passou por um crescente e massivo processo de destruição da pequena e média empresa privada, ao tempo em que multiplicou o número de funcionários públicos, de sorte que a classe média, esteio da democracia representativa, sofreu uma brutal transformação. Ela é agora composta em grande parte por servidores do Estado, que enxergam no PT a garantia de seus privilégios. O esteio dos valores da sociedade aberta no plano sociológico é esse largo segmento da classe média que não depende do Estado e a ele se opõe, pois paga grandes valores na forma de impostos e tem a sua liberdade tolhida pela regulação estatal. Foi o próprio FHC que começou essa mudança no perfil da sociedade brasileira, ele próprio patrocinando a oligopolização crescente dos mercados, a começar pelo mercado bancário, e a multiplicar as carreiras de Estado. Bom lembrar que a remuneração dessas carreiras tem sido crescentemente majorada, de maneira que o salário médio do setor público está bem acima da do setor privado.
A oposição, incluindo o PSDB, disputa o mesmo campo ideológico e social do PT. Mas não tem a mesma credibilidade do PT para dar garantias de que os privilégios da nova classe média funcionária pública serão mantidos. Ao contrário, há uma crença no meio do funcionalismo de que o PSDB é inimigo de suas "conquistas". FHC acrescentou, aqui o ponto central de sua preocupação política:

"Complexidade crescente a partir dos primeiros passos do governo Dilma que, com estilo até agora contrastante com o do antecessor, pode envolver parte das classes médias. Estas, a despeito dos êxitos econômicos e da publicidade desbragada do governo anterior, mantiveram certa reserva diante de Lula. Esta reserva pode diminuir com relação ao governo atual se ele, seja por que razão for, comportar-se de maneira distinta do governo anterior."

Lula já havia empolgado a nova classe média. Como ela foi rapidamente multiplicada, ao tempo em que a antiga classe média fundada na livre empresa foi desaparecendo, parece óbvio que Dilma Rousseff já conquistou para o PT esse novo largo segmento.
Por não ter clareza dessa profunda transformação sofrida no interior da classe média, que de inimiga do Estado grande passou a ser seu esteio político, FHC errou no seu diagnóstico. Nas suas palavras:

"É preciso, portanto, refazer caminhos, a começar pelo reconhecimento da derrota: uma oposição que perde três disputas presidenciais não pode se acomodar com a falta de autocrítica e insistir em escusas que jogam a responsabilidade pelos fracassos no terreno 'do outro'. Não estou, portanto, utilizando o que disse acima para justificar certa perplexidade das oposições, mas para situar melhor o campo no qual se devem mover."
FHC esquece que não é possível fazer oposição sem sair do campo ideológico da esquerda. O que sobrou da antiga classe média é ainda uma larga faixa da população e, mesmo no interior da nova classe média, o teor conservador de suas convicções em matéria moral pode ser mobilizado contra o PT, como vimos no final do primeiro turno da eleição que elegeu Dilma. Questões como aborto, uso de entorpecentes e gayzismo não agradam a larga parcela da população. Essas bandeiras, caras ao PT, podem ser usadas contra a situação.
A única conclusão que FHC poderia tirar é que é preciso o resgate imediato das bandeiras de centro-direita, com a defesa da sociedade aberta, dos valores cristãos tradicionais e da redução do Estado. Mas como ele faria isso, se ele próprio passou a vida inteira pregando as mesmíssimas bandeiras do PT? FHC jamais fez sua conversão aos valores tradicionais e ainda outro dia defendeu abertamente a liberação da maconha, tema que horroriza os conservadores. O discurso de esquerda "light" de FHC não tem como empolgar o eleitorado, nem de direita e nem de esquerda, porque para a direita não convence e para a esquerda não é suficientemente confiável.
Sua conclusão é correta:

"As vozes dos setores mais vigorosos da oposição se estiolaram, entretanto, nos muros do Congresso e este perdeu força política e capacidade de ressonância. Os partidos se transformaram em clubes congressuais, abandonando as ruas; muitos parlamentares trocaram o exercício do poder no Congresso por um prato de lentilhas: a cada nova negociação para assegurar a "governabilidade", mais vantagens recebem os congressistas e menos força político-transformadora tem o Congresso."

FHC, todavia, não apontou os motivos desse estiolamento das oposições: a homogeneidade ideológica delas com a situação. Todo mundo disputa com plataformas socialistas e distributivistas. Ninguém parece querer adotar o enorme eleitorado de dentro-direita, que está órfão de representação. Como ninguém discorda das políticas formuladas e da ação do governo, a disputa então passou para ver que ocupa cargos, meramente. A fisiologia é fruto da homogeneidade ideológica. Não há como ter grandeza num caldo de cultura dessa natureza.
Acrescentou:

"É preciso que as oposições se deem conta de que existe um público distinto do que se prende ao jogo político tradicional e ao que é mais atingido pelos mecanismos governamentais de difusão televisiva e midiática em geral. As oposições se baseiam em partidos não propriamente mobilizadores de massas. A definição de qual é o outro público a ser alcançado pelas oposições e como fazer para chegar até ele e ampliar a audiência crítica é fundamental."

Infelizmente FHC não parece ter consciência de que a única maneira de chegar nesse "público distinto" é falando sua linguagem e respondendo a seus anseios, ou seja, propondo uma plataforma conservadora, de direita. É o único caminho para tirar o PT da Presidência da República.

FHC não poderia chegar a uma conclusão mais melancólica:

"Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os 'movimentos sociais' ou o 'povão', isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos. Isto porque o governo 'aparelhou', cooptou com benesses e recursos as principais centrais sindicais e os movimentos organizados da sociedade civil e dispõe de mecanismos de concessão de benesses às massas carentes mais eficazes do que a palavra dos oposicionistas, além da influência que exerce na mídia com as verbas publicitárias".

Conclusão melancólica e equivocada. Ele deveria predicar para uma conversão à direita, inclusive do PSDB, a fim de marcar posição e se distanciar do PT, até porque as tendências internacionais mostram que esse é, de fato o caminho do poder, o caminho de se fazer alternativa ao eleitorado. Do jeito que a coisa está, pela inação e cegueira das oposições, tão bem ilustrado pela pessoa de FHC, o que teremos é o aprofundamento do jeito petista de governar. Uma crise internacional grave pode levar a uma tentação autoritária que é visível no meio da elite petista. Esse é o destino trágico que nos espera se as oposições não fizerem a sua parte, isto é, não se apresentarem como alternativa ideológica consistente ao eleitorado, contra o PT e tudo que ele representa.



segunda-feira, 11 de abril de 2011

Artigo de Percival Puggina - Jornalista e Escritor


"Não é razoável. Nada disso pode ser verdade. Um cardeal católico não poderia dirigir tal louvação a uma ditadura que tanto perseguia a Igreja e que já durava 30 anos". Pois é tudo exato e veraz, letra por letra, meu caro.
Os comunistas brasileiros são renitentes. Foram os últimos a chorar quando Stalin morreu. O facínora russo estava paradinho dentro do caixão havia vários dias, "entre archotes e com algodão nas narinas", como descreveria Nelson Rodrigues, e os comunistas brasileiros ainda não acreditavam que as notícias de sua morte expressassem um fato real. Menos ainda, uma realidade espiritual. Para eles, Stalin era um símbolo, uma instituição, uma entidade, espécie de messias, filho de um sapateiro e de uma lavadeira, nascido em Gori numa noite em que o luminoso céu da Geórgia fora riscado por uma estrela vermelha. Em 1989, quando caiu o Muro, alguns renitentes me acusaram de acreditar em boatos por ter comentado sobre as estátuas de Lênin que estavam sendo derrubadas no Leste Europeu, coisa que a revista Manchete estampara em fotos de meia página. Jogar ao chão estátuas do líder da Revolução de 1917 era mais do que um sacrilégio. Era uma impossibilidade material, tipo arremessar montanhas ao mar.
Como católico, chego a invejar o tamanho dessa confiança. Veja, por exemplo, leitor, a mística expressão de fé incondicional contida na carta que D. Paulo Evaristo Arns mandou a seu "queridíssimo Fidel" em 6 de janeiro de 1989, por ocasião dos 30 anos da revolução cubana. Lá pelas tantas, o paparicado e purpurino cardeal arcebispo de São Paulo lascou assim: "A fé cristã descobre, nas conquistas da Revolução, os sinais do Reino de Deus, que se manifesta em nossos corações e nas estruturas que permitem fazer da convivência política uma obra de amor". E mais adiante: "Tenho-o presente diariamente em minhas orações, e peço ao Pai que lhe conceda sempre a graça de conduzir os destinos de sua pátria". Grandes defensores da democracia D. Paulo Evaristo e seus admiradores!

Note-se que no mês anterior, em dezembro de 1988, uma delegação de bispos alemães havia estado em Cuba. Em matéria sobre a visita, publicada na revista 30 Giorni de jan/89, eles contaram que a Igreja cubana não tinha acesso à Educação, que todos os religiosos estrangeiros haviam sido expulsos, que o contingente de sacerdotes e religiosos reduzira-se a 15% do que já fora, que quem se proclamasse cristão ficara excluído da possibilidade de ascensão funcional e que, como consequência, apenas 1% dos cubanos frequentava a igreja.
D. Paulo escreveu a Fidel em cima de tal fato. E foi acalentar no sono dos que são capazes de arder todo e qualquer bem na fogueira dessa ideologia malsã, a irresponsabilidade do que escrevera. Referia-se, então, ao mesmo regime que, vinte anos depois, como prova de benevolência, ainda liberta às pencas dissidentes políticos! Alguns bispos cubanos, felizmente, responderam a D. Paulo. A longa carta que lhe mandaram, entre outras coisas, relata esta grande novidade: "Cuba sofre, já há trinta anos, uma cruel e repressiva ditadura militar, num estado policial que viola, constante e institucionalmente os direitos fundamentais da pessoa humana". Ao fim da dissertação, os três bispos que a assinam concluem: "Deus queira que seu país nunca tenha que passar pela trágica experiência que nós estamos atravessando". Esse deve ter sido o trecho que mais desagradou D. Paulo, subtraindo-lhe, por instantes, o melífluo sorriso que adorna de falsidade suas manifestações. Afinal, reproduzir no Brasil a experiência cubana era tudo que ele mais desejava. Oh, raios! Como é que os bispos cubanos lhe esfregavam no rosto o fato de estarem rezando contra seus mais caros anseios pastorais?
É provável que o leitor esteja duvidando. "Não é razoável. Nada disso pode ser verdade. Um cardeal católico não poderia dirigir tal louvação a uma ditadura que tanto perseguia a Igreja e que já durava 30 anos". Pois é tudo exato e veraz, letra por letra, meu caro. Tenho em mãos cópia das correspondências, que à época li nos jornais. As duas foram transcritas na imprensa brasileira e a de D. Paulo foi reproduzida em espanhol no Granma, com grande destaque. Aliás, eu mesmo escrevi para o Correio do Povo, em 26 de janeiro de 1989, um artigo intitulado "A epístola de Paulo, (o Evaristo)", tecendo ironias sobre a falta de juízo do cardeal paulista, cujos olhos, ao reverso do apóstolo dos gentios, cada vez mais se revestiam de escamas. E acrescentei que a mesma carta a Fidel poderia ter sido enviada em circular, por D. Paulo, para os governos da Alemanha Oriental, Bulgária, Polônia, Hungria, Albânia e tantos outros. Afortunadamente vivíamos, então, os primeiros dias do ano da Graça (poderíamos dizer, sem exagero, o ano da Grande Graça) de 1989, quando começariam a desabar os regimes do Leste Europeu.
Contados vinte e dois anos sobre aqueles episódios, seguiram para a Espanha, dia 7 deste mês de abril de 2011, mais 37 prisioneiros de consciência do regime cubano! Totalizam-se, assim, 126 libertações negociadas pelo Vaticano. O total remanescente nas masmorras, contudo, permanece desconhecido das organizações de Direitos Humanos e da opinião pública mundial. Duas perguntas se recusam ao silêncio: 1ª) se todos esses prisioneiros podiam ser libertados, por que estavam presos? e 2ª) se estavam presos porque era assim que deviam estar, em vista do bom Direito e da boa Justiça, por que foram libertados?
A brutal malignidade do regime que D. Paulo reverencia e que tantos brasileiros cultuam evidencia-se muito mais nessas duas perguntas do que nas improváveis respostas que a elas sejam dadas. Não lhes falta, sequer, o despudor de apresentar o regime cubano como símbolo da autodeterminação, apesar de ser conduzido a grades de ferro pela determinação unipessoal de um tirano que aplaudiu o massacre da Tchecoslováquia pelas tropas russas e que interveio militarmente, com soldados de seu povo, em revoluções comunistas pelo mundo afora. Esse tirano que D. Paulo, Lula, Dilma, Zé Dirceu, Frei Betto, Chico Buarque e muitos outros veneram montou uma ordem social tão esquizofrênica e tão canalha que produziu este resultado sem igual na história do operariado mundial: quando, no ano passado, foi anunciada a demissão de uma quinta parte da força de trabalho cubana, mediante pagamento de um mês de salário por cada dez anos de atividade, a Central dos Trabalhadores de Cuba aplaudiu a providência!
E eles continuam crendo. Continuam sonhando com jogar montanhas ao mar. E gostando do que veem em Cuba. São óbvias as tendências sádicas e a falta de caráter de quem louva e apoia um regime assim.


Sponholz: Capitalismo não é tão 'mao' assim (Disneylândia na China)

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